O Diagnóstico é um questionário respondido anualmente, pelos gestores de tecnologia, que tem como objetivo traçar o cenário das áreas de tecnologia dos órgãos da Prefeitura de São Paulo e quais são os principais problemas/dificuldades enfrentadas por elas. Esse mapeamento é essencial porque permite uma visão panorâmica da situação geral das áreas de TI e assim, possibilita o desenvolvimento de ações de melhoria que sejam eficazes e que contemplem a realidade dos órgãos da Prefeitura.
Destacamos abaixo alguns temas primordiais do Diagnóstico de Tecnologia de 2020 para você ficar por dentro das principais informações.
Com o Diagnóstico de TIC podemos identificar que os órgãos da Prefeitura de São Paulo possuem 71.926 ativos de TIC (dektops, notebooks, tablets, multifuncionais, impressoras) e destes 45.578 (63,37%) estão dentro do tempo de vida útil recomendado pela Orientação Técnica 001 – ativos de microinformática. No início de 2020, a Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia, visando contribuir para uma melhora desse cenário, distribuiu 6.407 computadores desktop para 50 órgãos municipais.
Com relação ao tamanho/velocidade do link dos órgãos, 26,76% possuem link superior à 50 MBps e 59,15% possuem um link de 21 a 50 MBps. Em 2017 os percentuais eram de 14,24% e 15,87% respectivamente, mostrando uma melhora significativa nos links utilizados na prefeitura. O termo de ajustamento de conduta firmado entre a Prefeitura e a empresa Vivo está promovendo a modernização de rede física e lógica das subprefeituras desde janeiro de 2020, o que proporcionará aumento na velocidade e qualidade de transmissão de dados. A melhora na conexão segue a tendência dos órgãos públicos no Brasil, como aponta a Pesquisa TIC governo eletrônico 2019 realizada pelo Cetic.br.
Qual a capacidade dos líderes de tomar decisões? 43,7% líderes de tecnologia disseram que tem poder de decisão até em questões estratégicas de TI para o Órgão. Já 36,6% afirmam conseguir decidir somente em questões de execução de projetos de TI, enquanto 19,7% tem o poder de decidir apenas em questões do dia a dia.
Nas Subprefeituras, a maioria dos líderes afirmam decidir em questões de execução de projetos de TI (46,9%), enquanto apenas 28,1% conseguem decidir em questões estratégicas para o órgão como um todo. Ainda assim, houve uma evolução nesse quesito em relação ao ano anterior, em que a maioria dos líderes disseram ter poder de decisão apenas em questões do dia a dia.
Nas Secretarias, 71,4% dos líderes declararam ter poder de decisão até em questões estratégicas de TI para Órgão (frente a 59,1% em 2019), indicador que vem melhorando desde 2017.
Na Administração indireta a maioria dos líderes (46,7%) também disseram ter poder decisão até em questões estratégicas. Também houve um aumento quando comparado a 2019 (40,0%).
Em comparação ao Diagnóstico de 2019, houve um aumento do poder de decisão estratégica na Administração indireta e Secretarias. Enquanto Subprefeituras saíram de um cenário em que a maioria só conseguia decidir em questões do dia a dia para um cenário em que a maioria tem poder de decisão também em questões de execução de projetos de TI.
A maior parte dos gestores de tecnologia (67,61%) informam possuir acesso direto ao ordenador de despesas. Mas, apenas 33,80% dos gestores possuem total autonomia para tratar do orçamento de TIC de forma alinhada com o ordenador de despesas, enquanto 11,27% participam de forma relevante na elaboração do orçamento, conseguindo garantir a disponibilidade orçamentária para todo PDSTIC durante o ano, incluindo eventuais suplementações. Além disso, 12,7% dos gestores consegue atuar somente no descongelamento do recurso e na liberação de cotas junto ao ordenador, mas sem suplementações ou antecipações. Por fim, 28,2% dos gestores não possuem autonomia para tratar de questões do orçamento a ser empregado e outros 8,5% disseram não possuir autonomia e sequer conhecimento básico para a utilização deste recurso.
Visando melhorar a participação da tecnologia no planejamento orçamentário, em 2019 a Prefeitura de São Paulo incluiu pela primeira vez a necessidade de considerar o Plano Estratégico de TIC (2017-2020) na discussão do orçamento e participação da área de tecnologia participação no Grupo de Planejamento Orçamentário do ano seguinte. Dessa forma cada órgão conseguirá produzir um Plano Diretor Setorial alinhado com as suas próprias demandas e compatível com o seu orçamento.
O número de órgãos que não possui normativos de Gestão de Acesso e de Política de Segurança da Informação continua elevado. A maioria dos órgãos (78,9%) não possui algum normativo de Política de Segurança da Informação em TIC, enquanto apenas 14,1% declararam ter. Além disso, apenas 28,2% têm um normativo de Gestão de Acesso. Visando atacar esse problema, em 2019 foi oferecida a capacitação em Política de Segurança da Informação, através do Programa Permanente de Capacitação em Tecnologia, em parceria com o SENAI. Também foi iniciado um trabalho conjunto, a partir dos fóruns técnicos, para elaborar uma proposta de normativo sobre Segurança da Informação comum a diversos órgãos e entidades da Prefeitura.
A maioria dos órgãos, 77,5%, informam conhecer o procedimento e as áreas envolvidas para realizar a baixa dos ativos de TI no Sistema de Bens Patrimoniais Móveis, seguido do efetivo descarte. Em 2018, o índice era de apenas 64,3%. O tema foi tratado em mais de um Fórum Técnico, e o procedimento normatizado por meio da Orientação Técnica 017.
A prática mais comum nas contratações de serviços ou aquisições de TIC por ata de Registro de Preço é a adesão às atas da PRODAM, 70,4% dos órgãos relataram usar, ou já ter usado, deste meio para realizar as contratações. Já as atas de outros órgãos da Prefeitura tiveram 64,8% de adesão, enquanto a de órgãos externos à Prefeitura teve um percentual de 59,15%. Por fim, apenas 7% dos órgãos declararam possuir ata de Registro de Preço própria.
Cerca de 36,6% dos órgãos são responsáveis por algum sistema ou base de dados com informações sobre de cidadãos e cidadãs, essa informação é fundamental para identificar os impactos que a Lei Geral de Proteção de Dados causará na prefeitura. Além disso, 83% não utilizam barramento de serviços para a integração entre sistemas próprios ou com outros órgãos.
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