Categoria Notícias

Robô-guia para cegos é selecionado em edital de pesquisa estratégica sobre internet

Trabalho é conduzido por startup capixaba com apoio do PIPE-FAPESP e do MCTIC. Novas chamadas de projetos estão abertas até 1º de julho

Uma startup capixaba, a Vixsystem, está desenvolvendo o Lysa – um robô guiado por GPS para locomoção de pessoas com deficiência visual.

Já uma empresa de segurança da informação estabelecida em Campinas, a Kryptus, iniciou um projeto em parceria com o Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com o objetivo de aumentar a segurança das interfaces – chamadas gateways – que conectam máquinas e equipamentos à internet e à nuvem.

Os projetos das duas empresas foram selecionados na última chamada de propostas para pesquisa estratégica em internet.

Lançada pela FAPESP em colaboração com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Ministério das Comunicações (MCom) e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), os objetivos da iniciativa são desenvolver pesquisa em tecnologia de informação e comunicação, buscando criar conhecimento e inovação afinada com os grandes problemas na internet, e formar e fortalecer grupos de pesquisa excelentes em instituições acadêmicas de pesquisa e pequenas empresas de base tecnológica nos diversos temas atuais sobre aplicações e tecnologias para a internet.

Na última chamada, foram selecionados 25 projetos nos âmbitos dos programas Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) e Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), e nas modalidades Auxílio à Pesquisa – Regular e Auxílio à Pesquisa – Temático.

“É a primeira vez que startups de outros Estados têm projetos apoiados pelo PIPE e que uma instituição de pesquisa fora de São Paulo [a UFSC] participa de um projeto no âmbito do PITE”, diz à Agência FAPESP Fabio Kon, professor do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP) e membro da coordenação adjunta de ciências exatas e engenharia da FAPESP.

“Isso permite transferir o know-how desses dois programas, que são muito inovadores, para outras regiões do país”, avalia Kon.

Foram selecionados na chamada projetos de cinco pequenas empresas de base tecnológica no âmbito do PIPE, das quais três são de outros Estados – Rio Grande do Sul, Paraná e Espírito Santo.

As propostas foram analisadas em duas fases. Na pré-seleção, a FAPESP, com auxílio do comitê gestor da cooperação, fez a análise de enquadramento das propostas nos termos da chamada. O comitê gestor avaliou e recomendou o enquadramento ou não ao diretor científico da FAPESP.

Na segunda fase, de mérito científico, as propostas pré-selecionadas foram encaminhadas a assessores ad hoc e, em seguida, analisadas pelas coordenações de área e adjunta da Diretoria Científica da FAPESP. Com base nos pareceres e nas recomendações, o comitê gestor da cooperação encaminhou as propostas à Diretoria Científica da FAPESP com recomendação de aprovação ou denegação. “Tivemos bons projetos selecionados”, avalia Kon.

As empresas tiveram que demonstrar que já realizaram a prova de conceito com recursos próprios ou obtidos de outras fontes e apresentaram um plano de negócios consolidado, demonstrando os potenciais concorrentes e as vantagens competitivas, por exemplo, além de um quadro de modelo de negócio (Canvas).

Os projetos terão duração de até 24 meses e serão executados por pesquisadores com vínculo empregatício com a empresa.

Por meio do projeto aprovado na chamada, os pesquisadores da Vixsystem pretendem desenvolver um sistema de navegação outdoor do robô Lysa, que possibilite buscar as coordenadas de latitude e longitude de um local previamente selecionado, traçar uma trajetória e conduzir o usuário em segurança até o destino. Para isso, o robô deverá possuir um GPS acoplado à sua plataforma e ser capaz de acessar uma ferramenta de navegação, como o Google Maps, para definir uma trajetória e um plano de navegação para o usuário.

“O apoio ao projeto é fundamental para o aperfeiçoamento da robô Lysa, um equipamento inédito no mundo. O impacto dessa inovação contribuirá para a melhoria na mobilidade de pessoas com deficiência, que representam uma grande parcela da população”, diz Nedinalva de Araújo Sellin, diretora executiva da Vixsystem.

Novas chamadas

No início de abril foram lançados novos editais no âmbito do acordo de cooperação entre a FAPESP e o MCTIC.

Uma das chamadas está aberta a pesquisadores vinculados a instituição pública ou privada, sem fins lucrativos, de ensino superior ou de pesquisa nacional, que trabalhem em áreas relacionadas com o desenvolvimento da internet no Brasil.

As propostas devem ser elaboradas de acordo com os critérios da FAPESP para submissão nas modalidades Auxílio à Pesquisa – Regular, Auxílio à Pesquisa – Temático ou Auxílio à Pesquisa – Jovem Pesquisador.

Outra chamada, no âmbito do PIPE-FAPESP, está aberta a pesquisadores que tenham vínculo com empresas de até 250 funcionários sediadas no Brasil e que trabalhem em áreas de pesquisa para o desenvolvimento da internet.

Uma terceira chamada no âmbito do PITE-FAPESP está aberta a pesquisadores que tenham vínculo empregatício com instituição pública ou privada, sem fins lucrativos, de ensino superior ou de pesquisa nacional, que trabalhem também em áreas de pesquisa para o desenvolvimento da internet.

Podem ser apresentadas propostas de pesquisa nos seguintes temas: a) Tecnologias viabilizadoras da internet; b) Aplicações avançadas da internet; c) Comunicação em rede e cultura digital; d) Políticas relativas à internet; e) Software livre, dados abertos, formatos e padrões abertos; f) Aplicações sociais de tecnologia da informação e comunicações.

O valor total oferecido no edital para pesquisa acadêmica é de aproximadamente R$ 30 milhões, sendo R$ 5 milhões para projetos de Auxílios Regulares, R$ 20 milhões para Projetos Temáticos e R$ 5 milhões para projetos na modalidade Auxílio Jovem Pesquisador.

Já o valor total oferecido nos editais para seleção de projetos no âmbito do PIPE e PITE-FAPESP é de R$ 40 milhões.

As propostas devem ser apresentadas exclusivamente pelo Sistema de Apoio à Gestão (SAGe) da FAPESP.

A data-limite para submissão é 1º de julho de 2021. Haverá um evento on-line com a coordenação da chamada para resolução de dúvidas sobre a chamada para projetos acadêmicos no dia 27 de abril de 2021, às 16h. Também está previsto, para o início de maio, um evento on-line para tirar dúvidas sobre as chamadas para projetos realizados por pequenas empresas ou em parceria com universidades e instituições de pesquisa.

Origem dos recursos

Os recursos alocados nas chamadas de propostas para pesquisa estratégica em internet são oriundos de fundos remanescentes do período em que a FAPESP, por delegação do CGI.br, geriu as atividades de registro de domínio e alocação de endereços IP no Brasil, no início da internet no país.

Entre 1998 e dezembro de 2005, a FAPESP foi responsável por essa função, posteriormente atribuída pelo CGI.br ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

A fim de direcionar esses recursos para o avanço da pesquisa e desenvolvimento da internet no país, a FAPESP assinou, em dezembro de 2013, um acordo de cooperação com o MCTIC no valor de R$ 98 milhões.

Os recursos serão distribuídos entre projetos apresentados por pesquisadores de todo o país, proporcionalmente ao número de registros de domínios solicitados em cada Estado naquele período.

“Um pouco mais de 50% dos recursos desse fundo devem ser investidos em pesquisa em outros Estados brasileiros, uma vez que esse é o percentual estimado de valores arrecadados fora de São Paulo com o registro de domínios”, explica Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP. “Isso permite que a Fundação compartilhe sua expertise e contribua para a consolidação de startups em ouras regiões do país”, acrescenta.

O acordo já resultou no lançamento de outras chamadas de propostas voltadas a projetos de pesquisadores ligados a universidades e instituições de pesquisa, uma no âmbito do PITE e outra, mais recente, voltada à criação de oito Centros de Pesquisa em Engenharia em Inteligência Artificial.

Os quatro primeiros centros, dos quais dois serão estabelecidos em São Paulo e dois em outros Estados, terão foco em saúde, agricultura, indústria e cidades inteligentes.

Cada centro poderá receber até R$ 1 milhão por ano da FAPESP e mais R$ 1 milhão de empresas privadas parceiras. Os centros serão apoiados por cinco anos, renováveis por mais cinco, dependendo dos resultados alcançados (leia mais em http://agencia.fapesp.br/32196/).

Transformação digital da Sabesp prioriza atendimento ao cliente

Sabesp inicia processo de transformação digital com foco no cliente para trazer melhorias no relacionamento

A Sabesp inicia processo de transformação digital com foco no cliente para trazer melhorias no relacionamento. A nova plataforma é integrada, possibilitando uso dos dados para personalizar o atendimento, atender as necessidades e expectativas de cada cliente, com novas funcionalidades.

A partir de agora, o cliente tem opção de receber sua conta de água por e-mail, contribuindo assim para a redução do uso de papel e preservação do meio ambiente. Outra novidade é que o cadastro para pagamento das contas de água por débito automático pode ser feito diretamente no site da empresa. Além disso, com essa maior integração, ocorrerão melhorias operacionais para auxiliar no atendimento ao cliente. Será possível fazer melhor gestão das equipes para priorizar e antecipar atendimentos emergenciais.

Outro destaque é que o cliente deixará de ser identificado por seu registro geral do imóvel, ou RGI, como acontece atualmente, e passará a ser cadastrado por seu CPF ou CNPJ, facilitando, por exemplo, mudanças de titularidade (conheça mais mudanças ao final deste texto).

Etapas de implantação

Os primeiros municípios a ter essa nova operação, ainda em 2019, foram Morungaba, Cabreúva, Jarinu, Itupeva e Itatiba. Em agosto de 2020, operação foi ampliada para Campo Limpo Paulista, Diadema, Elias Fausto, Hortolândia, Mombuca, Monte Mor, Paulínia, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Saltinho, São Bernardo do Campo e Várzea Paulista, totalizando nesta etapa cerca de 2,2 milhões de pessoas beneficiadas.

A partir de maio de 2021, as mudanças serão implementadas para 7,5 milhões de clientes atendidos pela Sabesp. Na Região Metropolitana, se dará na região Leste, nos municípios do Alto Tietê, e na região Oeste, entre as quais Osasco. No interior paulista, a modernização acontece em 211 municípios atendidos pela Sabesp nas regiões de Itapetininga, Franca, Botucatu e Lins.

Veja quais municípios terão mudanças em maio aqui: https://urldefense.com/v3/__http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=777__;!!HhhKMSGjjQV-!pg4ymhQqmKXAY262gSvm0xpUQJa35LaxHa9UBb5S6l7ogVo7ab1YPzlj673O2A7z2-I$

A última etapa de implantação acontecerá no segundo semestre de 2021, atendendo clientes da Capital, RMSP (Santo André e Guarulhos) e de todos os municípios operados pela Companhia no Interior e Litoral. A Sabesp informará as próximas alterações com antecedência, através dos canais de relacionamento com os clientes e imprensa.

Atualização cadastral

A Sabesp ressalta a importância de os clientes manterem seus dados atualizados. Para isso, no caso de pessoas físicas e jurídicas, basta acessar o Sabesp Fácil da Agência Virtual (sabespfacil.sabesp.com.br) e clicar em Atualizar Dados Cadastrais (é o último item da lista de serviços). No app Sabesp Mobile (disponível para celulares iOS e Android), pessoas físicas podem alterar o responsável pela conta.

Pessoas físicas e jurídicas podem atualizar seu cadastro pela Central de Atendimento (disponível 24 horas e com ligação gratuita), nos telefones 0800 011 9911 (Grande SP) ou 0800 055 0195 (Litoral e Interior).

Novo sistema, conta de cara nova

Algumas informações na conta serão alteradas com a modernização da plataforma para o relacionamento com os clientes. Importante ressaltar que essas alterações estão sendo implantadas progressivamente, por regiões do Estado de São Paulo.

Para os clientes atendidos nos locais onde a modernização ocorrerá em maio de 2021, as mudanças na conta são:
•       O cliente passará a ser cadastrado por seu CPF ou CNPJ, facilitando por exemplo mudanças de titularidade.
•       Onde era informado o número do RGI, passa a constar o número do Fornecimento, que será a nova forma de identificar a ligação e o cliente.
•       PDE/RGI: registro da ligação.
•       Período: detalha os dias de consumo, leitura anterior e leitura atual. Apresentação de 2 dígitos decimais nas faixas de consumo da tabela de tarifas.
•       Débito automático: haverá código para inserção da conta em débito automático (não haverá alteração se sua conta já estiver em débito automático).
•       Tipo de mercado, comum ou diferenciado.
•       6 datas opcionais de vencimento dias: 01, 05, 10, 15, 20 e 25. No mês seguinte à mudança de sistema, poderá ocorrer:
•       Alteração da data de débito automático (só no mês da implantação).
•       Alteração na data de vencimento da conta para uma das opções mencionadas acima.
•       Leitura por média, nesse caso a diferença de consumo será compensada na próxima fatura com leitura real.
•       A emissão de duas contas no mesmo mês. Uma com vencimento no início do mês e outra no fim do mês que correspondem a períodos de consumo diferentes.

BID apoiará estados e municípios na digitalização de serviços públicos

Brasil tem o 16º melhor índice de transformação digital do mundo

Atransformação digital empreendida pelo Governo Brasileiro recebeu o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que acaba de lançar uma linha de crédito de US$ 1 bilhão para impulsionar a digitalização de serviços públicos em estados e municípios de todo o país.

“O Brasil já tem o 16º melhor índice de transformação digital do mundo, acima de muitos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Temos de criar juntos um país digital”, destacou o secretário de Governo Digital, do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro.

A linha de crédito – denominada Brasil Mais Digital – é voltada a projetos de investimento e estará disponível por meio de três canais de alocação de recursos: órgãos do Governo Federal, governos subnacionais (estaduais ou municipais) e bancos de desenvolvimento nacionais ou regionais. Quatro setores foram priorizados para integração e alinhamento das políticas públicas: Infraestrutura Digital, Economia Digital, Governo Digital e Fatores Habilitadores.

O estado do Ceará foi o primeiro a retirar o recurso, com um projeto que visa a melhorar a produtividade na prestação de serviços e a efetividade da gestão do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE). O empréstimo, no valor de US$ 28 milhões, terá prazo de amortização de 25 anos e período de carência de cinco anos e meio. Contemplará os cidadãos e empresas usuárias dos serviços do TJCE – um público estimado em 2,5 milhões de pessoas – possibilitando ganho de tempo e redução de custos. Também serão beneficiados mais de 3,7 mil servidores públicos do TJCE com capacitação em habilidades digitais.

Gov.br é conhecido por nove em cada 10 pessoas

Em pesquisa do BID sobre a Satisfação com os Serviços Públicos Digitais, feita com 13.250 pessoas em todo o país, nove em cada 10 entrevistados conhecem o gov.br – plataforma única do Governo Federal que reúne os mais de 4,2 mil serviços, sendo 67% deles já totalmente digitais. Entre os destaques estão o Auxílio Emergencial, a Carteira Digital de Trânsito e a Carteira de Trabalho Digital. Hoje, 98 milhões de pessoas estão cadastradas no gov.br.

Fab Lab Livre SP: onde se aprende a fabricar “quase tudo”

Brinquedos em 3D, peças para facilitar o dia a dia e até robôs podem ser produzidos com material de alta tecnologia nas 13 unidades disponíveis na capital

Esculturas, robôs, peças para os mais variados fins e tudo o mais que a imaginação permitir podem ser construídos por qualquer pessoa nos Fab Labs da Prefeitura de São Paulo. Gerido pela Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia, o programa oferece à cidade a maior rede pública do mundo de laboratórios desse tipo, com 13 unidades onde se pode desenvolver ideias e projetos com tecnologia de ponta, gratuitamente.  

Apesar da suspensão dos atendimentos e usos presenciais por conta da pandemia de Covid-19, o público continua tendo acesso ao aprendizado por meio de lives e tutoriais nas redes sociais do Fab Lab Livre SP. Clique aqui para acessar os endereços. 

“A fabricação digital tem um grande potencial para transformar vidas e projetos. Ampliar as conexões entre os laboratórios, população e instituições no entorno é fundamental para criar soluções e talentos”, diz o secretário de Inovação e Tecnologia, Juan Quirós. 

“Ainda que estejamos num período de restrições, encorajamos a participação de atividades à distância para divulgar a fabricação digital e a cultura maker”.  

Nas atividades presenciais, durante as oficinas e cursos, os alunos têm acesso a ferramentas como cortadoras de vinil, laser, impressoras 3D (impressão de objetos) e fresadoras (para cortar ou desbastar madeira, plásticos e isopor), entre outros equipamentos. Lá, a filosofia é “faça você mesmo”.

 Inventora  O tema foi levado a sério por Amélia Souza Pereira, de 45 anos. Moradora do Jardim Romano, na Zona Leste, a dona de casa sofreu um acidente em 2014, que a fez perder o movimento de um dos braços, e passou dois anos enfrentando uma depressão.

A psicóloga com quem fazia acompanhamento recomendou que voltasse a estudar.  As poucas vezes em que Amélia saía de casa eram para ir ao médico. Em uma dessas ocasiões, encontrou um amigo que a convidou para conhecer o FAB LAB do Céu Três Pontes, na mesma região.  

“Quando cheguei lá vi aquelas coisas de robótica. Eu estava com 38 anos, pensei que eram só para jovenzinhos. Mas logo depois percebi que era muito fácil aprender. Fiz o curso de design em 3D e, no dia seguinte, criei um projeto”, recorda-se. 

Boleira 

A primeira ‘invenção’ de Amélia foi uma peça que ela batizou como “boleira”, para facilitar seu dia a dia no preparo de tortas e bolos para consumo próprio.

No entanto, a invenção fez sucesso: tornou-se solução para pessoas sem total mobilidade manual, assim como ela. “Antes tinha que virar a vasilha com a massa sobre a assadeira e esperar que ela caísse. Perdia muito tempo e ficava desanimada”, afirma. 

O projeto de Amélia, que consiste em duas hastes que seguram a tigela para que a massa seja transferida para a forma, foi apresentado em um evento da área na China, em 2016. Ela também deu palestras e participou das edições de 2017 e 2018 da Campus Party nos temas de tecnologia assistiva “Comecei a aprender e a gostar. Hoje, se vejo um problema, penso logo em uma solução”, enfatiza Amélia. 

A nova inventora fez todos os cursos disponíveis no Fab Lab, um total de 12, e desenvolveu outros projetos. Entre eles, uma tipoia que dispensa o apoio cervical, uma tábua para cortar que segura alimentos de tamanhos variados, palmilhas de silicone e também um segurador de panela.

Esta última peça foi criada especialmente para uma amiga, que sofreu um AVC. “Minha amiga fazia coxinhas para vender e perdeu o movimento do braço esquerdo”, diz Amélia. Todos os produtos produzidos por ela são de patente aberta.

Podem ser usados por quem quiser. “Consegui ajudar várias pessoas com o que aprendi no Fab Lab. É um projeto de amor. Tenho autonomia e ajudei os outros a terem, também. Nunca pensei que pudesse ir tão longe”, afirma a dona de casa, que sonha montar uma ONG para pessoas com deficiências. 

Brinquedo em 3D 

Desenvolver  uma peça voltada para crianças com deficiência visual e de baixa visão foi o projeto criado Giulia Yousue e Vitor Akamine. Tudo começou em 2016 quando Giulia, na época estudante do curso universitário de Design, precisou formular um projeto para a faculdade. Depois de finalizar o trabalho acadêmico, ela quis levar sua iniciativa adiante e trocou ideias com Vítor. Juntos, foram até o FAB LAB do Centro Cultural São Paulo, onde aprimoraram o projeto: um brinquedo que ganhou o nome de Togotoy. “O Fab Lab é uma forma muito democrática de trazer tecnologia e capacidade paras as pessoas criarem o que quiserem”, diz Akamine, que está finalizando o curso de Engenharia Mecatrônica. 

Como é o Togotoy 

Togo é uma palavra japonesa que significa integração. E toy, inglesa, que quer dizer brinquedo. A ideia da dupla, lembra Giulia, era criar uma peça que promovesse a inclusão entre crianças de quatro a dez anos com deficiência visual, baixa visão e também entre elas e as videntes (que enxergam normalmente). A criação em 3D é formada por blocos modulares, que lembram peças de plástico para brincadeiras de construção. Têm formato retangular e se conectam por meio de ajustes simples. Neles há palavras escritas no alfabeto Braille, transcrições no alfabeto usual e ícones, com desenhos que simbolizam as palavras, em alto-relevo. Saiba como ele pode ser montado clicando aqui (http://www.fablablivresp.prefeitura.sp.gov.br/projetos/19072016-1903/togotoy-brinquedo-inclusivo) 

“Quando as crianças tateiam a imagem, conseguem identificar a forma do objeto. Esses elementos permitem que brinquem juntas criando suas próprias histórias, por meio da imaginação”, explica Giulia. Graças à criação do Togotoy, Giulia e Vítor foram convidados para apresentar seu projeto no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. “Fomos premiados como o segundo melhor projeto na categoria Estudantes. Foi importante para evidenciar o valor da inclusão”, lembra Akamine. 

Criação aprovada 

A peça idealizada por Giulia e Vítor passou pela aprovação da estudante Mell Rodrigues, de 17 anos, que cursa o terceiro ano do Ensino Médio de um colégio do bairro do Ipiranga, na Zona Sul. A jovem tem deficiência visual e ficou muito satisfeita com o Togotoy assim que teve a oportunidade de manuseá-lo, aos 14 anos. “Achei a iniciativa muito interessante. Foi um trabalho bem-feito. Faz com que as crianças conheçam as letras e a forma dos objetos”, avalia a estudante, que pretende ser fisioterapeuta para ajudar as pessoas. O projeto já foi utilizado na biblioteca da Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos Professor Mário Pereira Bicudo, no bairro da Cachoeirinha, Zona Norte. O brinquedo em 3D pode ser incluído nas atividades de brinquedotecas e escolas.

Serviços digitais da Educação estão disponíveis no portal e aplicativo do Poupatempo

Serviços digitais da Educação estão disponíveis no portal e aplicativo do Poupatempo 

Com o retorno das aulas presenciais em escolas públicas de São Paulo, o Poupatempo disponibiliza nove opções de serviços online relacionados à Educação, para auxiliar pais e alunos a terem acesso ao que precisam, a qualquer hora e de onde estiverem.

Só este ano, os canais digitais do programa somam cerca de 40 mil acessos para atendimentos relacionados à Secretaria Estadual da Educação. Desde que foram implantados, em dezembro de 2019, já são quase 110 mil serviços contabilizados pelo portal www.poupatempo.sp.gov.br, aplicativo Poupatempo Digital e totens de autoatendimento.

Para quem tem dúvidas e busca por informações sobre como realizar os serviços, o portal do Poupatempo oferece vídeos tutoriais e cartilhas orientativas, com o passo a passo das principais solicitações.

Na área da educação estão disponíveis conteúdos sobre seis serviços: Intenção de transferência escolar (serviço que já supera os 500 acessos), Boletim escolar (5,6 mil), Declaração de matrícula (14 mil), Consulta de concluinte (19,8 mil), Consulta de matrícula (23,3 mil) e Consulta de Registro do Aluno (43,3 mil). 

Ao todo, são 20 cartilhas digitais que podem ser acessadas no site ou baixadas gratuitamente e impressas para serem consultadas quando o cidadão desejar.  Já a série com 16 vídeos está disponível também no canal do Poupatempo no Youtube, pelo link www.youtube.com/poupatemposp.

Para o diretor da Prodesp – empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo que administra o Poupatempo -, Murilo Macedo, desde o início da pandemia o foco nos serviços digitais possibilitou ao Estado manter o atendimento à população. “Pelos canais eletrônicos, o Poupatempo oferece mais de 130 opções de serviços, que podem ser feitos de maneira segura, com agilidade e conforto pelos cidadãos. Atualmente, os atendimentos mais solicitados são a renovação e a segunda via de CNH, licenciamento e transferência de veículos, consulta de IPVA, Atestado de Antecedentes Criminais e Nota Fiscal Paulista, por exemplo”, explica. 

Além da secretaria Estadual da Educação, outros órgãos do Governo do Estado estão presentes com serviços disponibilizados no portal, app e totens do Poupatempo, como Fazenda e Planejamento, Desenvolvimento Econômico, Transportes Metropolitanos, Saúde, Detran.SP, Instituto de Identificação (IIRGD), Procon, CDHU, Sabesp, Cetesb, Tribunal Regional Eleitoral (TRE SP), Procuradoria Geral do Estado (PGE-SP), Receita Federal, além de algumas prefeituras.

Fonte: https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/orgaos-governamentais/poupatempo/servicos-digitais-da-educacao-estao-disponiveis-no-portal-e-aplicativo-do-poupatempo/

Topo