Em Sorocaba (SP), foi inaugurado, nesta sexta-feira (30), o Centro de Referência em Internet das Coisas, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em parceria com o Centro Universitário Facens e o Parque Tecnológico de Sorocaba.
O local deverá oferecer programas de formação e apoiar o Governo Federal na busca por soluções que façam da inteligência artificial uma aliada do dia a dia dos brasileiros. O centro será um espaço para demonstração prática de soluções modernas e inteligentes nas áreas da saúde, indústria, agro, educação, cidades e turismo.
“Cada vez mais a gente vê a necessidade dos sistemas trabalharem em conjunto, com Internet das Coisas, com Inteligência Artificial, que une todas as informações coletadas de diversos sistemas, para o sucesso das pessoas no país, que são o que mais importa no final das contas”, afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes.
O presidente do Parque Tecnológico de Sorocaba, Nelson Cancellara, também comentou sobre a importância do projeto. “É um acordo que vai trazer muita prosperidade. Essas ações que estamos fazendo aqui vai nos proporcionar essa inovação pra nossa cidade, pra nossa região, pro nosso Brasil.”
A Internet das Coisas é como chamamos a conexão digital de objetos cotidianos com a internet. Em outras palavras, é uma rede de objetos físicos capaz de reunir e de transmitir dados, oferecendo soluções para diversas áreas, do planejamento urbano à produção agrícola.
Esse tipo de tecnologia pode trazer impactos positivos para a qualidade de vida do cidadão, por meio da criação e do desenvolvimento de novas tecnologias em um amplo leque de aplicações.
A Internet das Coisas pode ser utilizada, por exemplo, para a medição de calorias gastas num exercício ou para a checagem dos batimentos cardíacos entre um relógio e um celular. Ou para permitir ligar o ar condicionado antes de chegar em casa. Na saúde, pode ser usada para conectar ou compartilhar dados de pacientes e pesquisas diretamente para um sistema de controle, facilitando e agilizando diagnósticos.
Já na agricultura, a Internet das Coisas pode ser útil para medir a saúde do solo e o uso inteligente de água e fertilizantes e, na indústria pecuária, para monitorar a saúde do gado.Categoria
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou, nesta terça-feira (4), que o leilão do 5G é uma prioridade para levar conectividade à população e acabar com o “deserto digital” que ainda existe no país. O 5G é uma conexão de internet móvel mais rápida, ágil e econômica.
“Este ano, temos uma prioridade que é o leilão de 5G. Desde o ano passado, quando assumi o ministério, colocamos isso diante da nossa mesa como uma meta número um, porque nós sabemos o que significa para o país”, afirmou o ministro ao participar de evento on-line que discutiu a ampliação e melhorias das telecomunicações no Brasil, promovido pela Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel).
“Uma das nossas obrigações com o leilão é acabar com o deserto digital, levando internet, levando infraestrutura para localidades acima de 600 habitantes, para todas as estradas federais”, ressaltou Fábio Faria.
O ministro lembrou que o modelo do leilão foi pensado para garantir também investimentos em infraestrutura. “O que mais a gente precisa é isso, investir em infraestrutura, por isso que minha defesa desde o começo é que o leilão fosse não arrecadatório, que a gente pudesse, ao invés de receber um cheque, receber vários investimentos no setor, porque passamos muitos anos sem investir.”
Durante o evento, foi lançado o Movimento Antene-se, que é integrado por um conjunto de entidades na busca de chamar a atenção para os entraves legais que dificultam a ampliação da infraestrutura de conectividade no país. Uma das propostas é difundir a ideia de que a infraestrutura de antenas é parte fundamental para o desenvolvimento econômico, social e das redes 4G e 5G.
“No 5G, nós teremos 44 mil antenas até 2029. Essa é uma previsão. Sabemos que o 5G precisa de dez vezes mais antenas que o 4G, para isso precisamos fazer com que esse Movimento Antene-se realmente ocorra de fato”, defendeu o ministro das Comunicações.
Ele lembrou que, em setembro de 2020, foi elaborado decreto que regulamenta a Lei Geral da Antenas, legislação que estabelece normas gerais para implantação e compartilhamento da infraestrutura de telecomunicações. A lei trata de pontos como o direito de passagem e a previsão do silêncio positivo, instrumento que permite que as empresas de telecomunicações possam instalar as antenas em caso de a Administração Pública demorar dois meses para responder ao pedido de licença.Categoria
Nesta terça-feira (4), o Governo de São Paulo lança o novo Sistema de Atendimento Digital do Procon-SP. Desenvolvido em parceria com a Prodesp – empresa de Tecnologia do Estado -, a plataforma permite que todo o atendimento de defesa do consumidor seja feito de forma digital, possibilitando a abertura e acompanhamento de reclamações, audiências de conciliação e até mesmo fiscalização, com autos de infração e monitoramento totalmente online, acelerando a tramitação dos processos.
Para viabilizar a implantação, a Prodesp utilizou duas das mais modernas e inovadoras plataformas de negócios do mercado, a Dynamics 365 e a Power Platform da Microsoft, que resultam em mais agilidade na solução das demandas.
Desde o início da gestão, a Companhia tem se empenhado junto a seus clientes e demais órgãos do Estado para manter e ampliar a oferta de serviços aos cidadãos.
De acordo com o presidente da Prodesp, André Arruda, o uso da tecnologia é fundamental para permitir que os serviços oferecidos aos consumidores possam ser feitos pelo computador ou celular, de forma segura, ágil e eficiente. “No Procon.SP, iniciamos com o projeto de revitalização do portal, que ficou mais moderno e atrativo. Para atender aos anseios de uma sociedade que busca pelas facilidades do mundo digital, ajudamos a criar um sistema inteligente e inovador, ao alcance da palma da mão de quem precisa”, explica.
“Um dos objetivos da nossa gestão foi dar ao consumidor um acesso mais rápido e fácil, com respostas mais eficazes e a parceria com a Prodesp possibilitou implementar essa mudança”, afirma Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.
A partir de agora, a realização das audiências de conciliação será totalmente virtual – via Microsoft Teams. Com a facilidade de realizar o atendimento no conforto e segurança de casa, evitando deslocamentos desnecessários ao consumidor, que passa a contar com um canal de interação direto com o Procon-SP.
O diretor do órgão de defesa do consumidor detalha a novidade. “O Procon-SP estará totalmente digitalizado, assegurando mais transparência, agilidade, conforto e rapidez ao consumidor. Na prática não será mais necessário deslocamento físico para fazer uma reclamação, que poderá ser feita pelo celular ou computador. A demanda chegará imediatamente ao fornecedor e, caso não seja atendida, os especialistas do Procon-SP farão audiência entre a empresa e o consumidor também de forma online. Mas para o cidadão que preferir, continuará sendo garantido o atendimento presencial”, detalha Capez.
A Prodesp também é a responsável pelo aplicativo Procon-SP, que disponibiliza diversos serviços ao consumidor, bem como o portalwww.procon.sp.gov.br, onde os cidadãos podem acessar todos os serviços digitais oferecidos pelo órgão.
Nesta quinta-feira (29), a partir das 18 horas, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo (SDE) e o Centro Paula Souza (CPS) anunciam uma parceria com a Microsoft Brasil para oferecer 1,2 mil vagas gratuitas em trilhas de ensino Fundamentos do Microsoft Computação em Nuvem (AZ-900) e Fundamentos de Inteligência Artificial (AI-900), por intermédio do Programa Minha Chance. O anúncio será feito durante uma live em que serão apresentados os detalhes sobre a parceria e a página para realização das inscrições. A transmissão será exibida pelo link bit.ly/MicrosoftMinhaChance.
O programa destinará mil vagas a estudantes de Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais e 200 para jovens da comunidade em geral. A seleção será feita por meio de uma prova online, em que os candidatos poderão optar pelos dias 8 ou 9 de maio.
As aulas serão orientadas por especialistas de mercado e professores do CPS, certificados pela Microsoft. A capacitação ocorrerá em formato virtual, por meio da plataforma de aprendizagem Microsoft Learn, customizada para o CPS, com um roteiro de conteúdos sobre tecnologias de computação em nuvem e inteligência artificial.
As trilhas de aprendizado estão programadas para o período entre 15 de maio e 19 de junho. A carga horária é de 36 horas de conteúdo técnico e mais quatro horas de conceitos relacionados ao desenvolvimento de habilidades socioemocionais e comportamentais. Ao final da capacitação, os 200 melhores participantes receberão, gratuitamente, vouchers para exames de certificações da Microsoft em AZ-900 e AI-900.
Minha Chance
O Programa Minha Chance é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da SDE e do CPS, que visa capacitar estudantes de Etecs e Fatecs, além da comunidade em geral, em colaboração com a iniciativa privada. O objetivo é estimular a geração de emprego e renda. Os cursos são elaborados em parceria com as empresas e o setor produtivo tem a vantagem de direcionar as vagas a profissionais com boa formação. As empresas interessadas podem fazer o cadastro pelo site minhachance.sp.gov.br.
A transformação digital atinge todos os setores da sociedade. Com a educação, não é diferente. Nesse cenário, é preciso entender os aspectos fundamentais dessa mudança para orientar escolas, educadores, estudantes, bem como mães, pais e cuidadores dos estudos dos alunos em direção a modelos mais digitais e analíticos de ensino.
Para explorar este tema, a Efape (Escola de Formação dos Profissionais da Educação) e Citem (Coordenadoria de Informação, Tecnologia, Evidências e Matrícula) da Secretaria de Educação de São Paulo (Seduc-SP) promovem um bate-papo intitulado Transformação digital na educação: desafios e perspectivas. O convidado especial é o jornalista Carlos Aros, especialista em tecnologia e inovação. A apresentação da proposta e mediação com os públicos ficam por conta da professora Ana Paula Marolla e do coordenador da Citem Marcos Barros.
“É inevitável abordar os impactos da tecnologia na educação no momento em que estamos vivendo. A suposta digitalização do ensino por meio de aulas online em virtude da pandemia escancarou a necessidade de contextualizar os desafios, as vantagens e os pontos sensíveis que modelos de ensino digitais podem trazer para a sociedade”, contextualiza Carlos Aros.
Esta formação tem como público-alvo os profissionais da rede estadual de ensino, mas também atinge todas as pessoas interessadas no tema. Para tanto, a transmissão ao vivo acontece tanto pelo app do Centro de Mídias SP (CMSP) como pelo Youtube, ambos gravados no canal Desenvolvimento Profissional. https://www.youtube.com/channel/UC3kFZSrocOYPS8ASGB2ieoQ
Sobre o convidado
Carlos Aros é jornalista e especialista em tecnologia e inovação. É diretor de conteúdo no Grupo Jovem Pan e editor-executivo da MIT Technology Review Brasil. Recebeu o prêmio Comunique-se em 2019 e foi quatro vezes vencedor do Prêmio Especialistas, ambos na categoria tecnologia.
Sobre os mediadores
Marcos Barros é coordenador da Coordenadoria de Informação, Tecnologia, Evidências e Matrícula (CITEM) da Secretaria de Educação de São Paulo (Seduc-SP). Desde 2006 atua na Seduc-SP, onde participou da implantação tecnológica de projetos como Acessa Escola, Secretaria Escolar Digital (SED) e Centro de Mídias SP (CMSP).
Ana Paula Marolla é formadora da Escola de Formação dos Profissionais da Educação (Efape), professora da rede desde 2006, mestre em Ciências Médicas e Biológicas pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e, atualmente, trabalha na produção, implementação e execução de Cursos EAD na SEDUC-SP.
Sobre o Canal Desenvolvimento Profissional
Toda a concepção foi estruturada e proposta para o que Canal se tornasse instrumento de apoio às ações formativas. Para tanto, ele oferece:
Transformação digital na educação: desafio e perspectivas
Com o jornalista e especialista em tecnologia e inovação
Onde:
No app do CMSP – Canal do Desenvolvimento Profissional 1
Youtube: CMSP Desenvolvimento Profissional < https://www.youtube.com/c/CMSPDesenvolvimentoProfissional>
Programa gratuito da Prefeitura permitiu a Renata da Cruz concluir o curso universitário em Recursos Humanos, utilizando a internet municipal para assistir a aulas on-line e palestras
Renata Cruz, de 35 anos, realizou um dos seus sonhos: concluir o curso universitário de Recursos Humanos. Ela não tinha internet em sua casa para estudar ou fazer download de livros e pesquisas, mas nem por isso deixou de cumprir suas tarefas.
“Me formei utilizando internet pública”, conta a jovem, referindo-se ao WiFi Livre SP, serviço de internet gratuito da Prefeitura de São Paulo, gerenciado pela Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT). Para isso, frequentava a praça Manoel Lopes, próxima de sua casa, e o Terminal Jardim Ângela (ambos na Zona Sul), além da praça do bairro Piraporinha, também na região.
Filha de pai e mãe analfabetos e caçula de quatro filhos, Renata não queria para si o mesmo destino de sua mãe e irmãs, que sempre foram donas de casa. Seu desejo era cursar o ensino superior e atuar na área escolhida.
No entanto, as condições financeiras não lhe permitiam. O tempo passou e Renata entrou em depressão. Para se tratar, buscou ajuda profissional no posto de saúde próximo de sua casa.
“Precisei me cuidar porque não conseguia tomar iniciativas. Queria ser um exemplo, especialmente para minhas filhas”, explica ela que é mãe de duas adolescentes de 15 e 16 anos, além de um menino de 8.
Depois de um longo período fazendo terapia e de incentivos da profissional que a assistiu, Renata conseguiu se estruturar e começou a procurar emprego.
“Minha psicóloga se tornou uma referência para mim. Era um exemplo de mulher autossuficiente, empoderada, que atuava em sua área e cuidava da sobrinha. Queria ser como ela”.
Renata foi trabalhar na bilheteria do Metrô em 2015 e voltou a se dedicar à educação. Nas horas vagas, ia para a praça Manoel Lopes, no Jardim Ângela, na Zona Sul, utilizar a internet para estudar. Prestou o Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) para psicologia por três vezes, mas não obteve notas suficientes. Na terceira tentativa, em 2019, sua pontuação permitiu o ingresso em Recursos Humanos, e a jovem conseguiu uma bolsa para estudar. A partir daí, passou a conciliar o trabalho com a faculdade.
“Como me sentia uma pessoa mais velha entre os jovenzinhos, sabia que precisava me destacar. Então fazia cursos on-line, baixava livros, fazia cursos paralelos, sempre utilizando a internet pública”.
Com a intenção de dedicar-se totalmente à faculdade, Renata pediu demissão do trabalho. Pouco tempo depois soube do processo seletivo para uma vaga de estágio no Descomplica SP de São Miguel Paulista, na Zona Leste. Gerido pela SMIT, o programa oferece atendimento eficiente e humanizado e reúne mais de 350 serviços municipais, como emissão de Bilhete Único e Carteira de Trabalho, distribuídos nas oito unidades da capital.
Mais uma vez, Renata utilizou o wi-fi público para fazer sua inscrição. Foi aprovada. No mês seguinte, devido à sua dedicação, foi indicada para estagiar no departamento de Recursos Humanos da SMIT, no centro da capital.
A jovem concluiu seu curso universitário em dezembro de 2020, depois de passar o ano assistindo às aulas da faculdade virtualmente, na praça Manoel Lopes, no Jardim Ângela, na Zona Sul. Agora, com o estágio finalizado, está em busca de um trabalho na área.
Além de continuar utilizando o serviço de WiFi Livre SP para enviar currículos, Renata está participando virtualmente de um processo para uma pós-graduação gratuita em psicologia organizacional.
Sobre o WiFi Livre SP
Com o objetivo de promover a inclusão digital e o acesso à internet, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia, criou o programa WiFi Livre SP. O primeiro ponto da cidade foi instalado no Pátio do Colégio, em 2014. Atualmente, São Paulo conta com 1.088 locais de acesso.
“A internet gratuita e de qualidade é uma ferramenta de inclusão e cidadania. É por isso que trabalhamos para ampliar e padronizar o acesso da periferia para o centro, permitindo a cidadãos de todas as regiões que realizem suas tarefas e projetos profissionais, pessoais e culturais”, afirma o secretário de Inovação e Tecnologia, Juan Quirós.
O serviço é gratuito e pode ser acessado em praças, CEUs, bibliotecas públicas, postos de saúde, telecentros, clubes desportivos, teatros e pontos turísticos da cidade, sempre priorizando regiões fora do centro e de vulnerabilidade social. As pessoas podem checar suas redes sociais, assistir a vídeos, fazer videochamadas, realizar cursos on-line e navegar rapidamente pela internet.
A Prefeitura, assim como as empresas credenciadas que oferecem o serviço, não coletam ou fazem tratamento de nenhum tipo de dado pessoal durante a navegação.
Os dados pessoais dos usuários são invioláveis e as regras do projeto reafirmam essa garantia, com respeito à Lei do Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados. Os únicos dados analisados são aqueles que dizem respeito ao controle da qualidade do serviço, como velocidade de conexão, usuários simultâneos, consumo total de banda e pontos de acesso, por exemplo.
Trabalho é conduzido por startup capixaba com apoio do PIPE-FAPESP e do MCTIC. Novas chamadas de projetos estão abertas até 1º de julho
Uma startup capixaba, a Vixsystem, está desenvolvendo o Lysa – um robô guiado por GPS para locomoção de pessoas com deficiência visual.
Já uma empresa de segurança da informação estabelecida em Campinas, a Kryptus, iniciou um projeto em parceria com o Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com o objetivo de aumentar a segurança das interfaces – chamadas gateways – que conectam máquinas e equipamentos à internet e à nuvem.
Os projetos das duas empresas foram selecionados na última chamada de propostas para pesquisa estratégica em internet.
Lançada pela FAPESP em colaboração com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Ministério das Comunicações (MCom) e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), os objetivos da iniciativa são desenvolver pesquisa em tecnologia de informação e comunicação, buscando criar conhecimento e inovação afinada com os grandes problemas na internet, e formar e fortalecer grupos de pesquisa excelentes em instituições acadêmicas de pesquisa e pequenas empresas de base tecnológica nos diversos temas atuais sobre aplicações e tecnologias para a internet.
Na última chamada, foram selecionados 25 projetos nos âmbitos dos programas Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) e Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), e nas modalidades Auxílio à Pesquisa – Regular e Auxílio à Pesquisa – Temático.
“É a primeira vez que startups de outros Estados têm projetos apoiados pelo PIPE e que uma instituição de pesquisa fora de São Paulo [a UFSC] participa de um projeto no âmbito do PITE”, diz à Agência FAPESP Fabio Kon, professor do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP) e membro da coordenação adjunta de ciências exatas e engenharia da FAPESP.
“Isso permite transferir o know-how desses dois programas, que são muito inovadores, para outras regiões do país”, avalia Kon.
Foram selecionados na chamada projetos de cinco pequenas empresas de base tecnológica no âmbito do PIPE, das quais três são de outros Estados – Rio Grande do Sul, Paraná e Espírito Santo.
As propostas foram analisadas em duas fases. Na pré-seleção, a FAPESP, com auxílio do comitê gestor da cooperação, fez a análise de enquadramento das propostas nos termos da chamada. O comitê gestor avaliou e recomendou o enquadramento ou não ao diretor científico da FAPESP.
Na segunda fase, de mérito científico, as propostas pré-selecionadas foram encaminhadas a assessores ad hoc e, em seguida, analisadas pelas coordenações de área e adjunta da Diretoria Científica da FAPESP. Com base nos pareceres e nas recomendações, o comitê gestor da cooperação encaminhou as propostas à Diretoria Científica da FAPESP com recomendação de aprovação ou denegação. “Tivemos bons projetos selecionados”, avalia Kon.
As empresas tiveram que demonstrar que já realizaram a prova de conceito com recursos próprios ou obtidos de outras fontes e apresentaram um plano de negócios consolidado, demonstrando os potenciais concorrentes e as vantagens competitivas, por exemplo, além de um quadro de modelo de negócio (Canvas).
Os projetos terão duração de até 24 meses e serão executados por pesquisadores com vínculo empregatício com a empresa.
Por meio do projeto aprovado na chamada, os pesquisadores da Vixsystem pretendem desenvolver um sistema de navegação outdoor do robô Lysa, que possibilite buscar as coordenadas de latitude e longitude de um local previamente selecionado, traçar uma trajetória e conduzir o usuário em segurança até o destino. Para isso, o robô deverá possuir um GPS acoplado à sua plataforma e ser capaz de acessar uma ferramenta de navegação, como o Google Maps, para definir uma trajetória e um plano de navegação para o usuário.
“O apoio ao projeto é fundamental para o aperfeiçoamento da robô Lysa, um equipamento inédito no mundo. O impacto dessa inovação contribuirá para a melhoria na mobilidade de pessoas com deficiência, que representam uma grande parcela da população”, diz Nedinalva de Araújo Sellin, diretora executiva da Vixsystem.
Novas chamadas
No início de abril foram lançados novos editais no âmbito do acordo de cooperação entre a FAPESP e o MCTIC.
Uma das chamadas está aberta a pesquisadores vinculados a instituição pública ou privada, sem fins lucrativos, de ensino superior ou de pesquisa nacional, que trabalhem em áreas relacionadas com o desenvolvimento da internet no Brasil.
As propostas devem ser elaboradas de acordo com os critérios da FAPESP para submissão nas modalidades Auxílio à Pesquisa – Regular, Auxílio à Pesquisa – Temático ou Auxílio à Pesquisa – Jovem Pesquisador.
Outra chamada, no âmbito do PIPE-FAPESP, está aberta a pesquisadores que tenham vínculo com empresas de até 250 funcionários sediadas no Brasil e que trabalhem em áreas de pesquisa para o desenvolvimento da internet.
Uma terceira chamada no âmbito do PITE-FAPESP está aberta a pesquisadores que tenham vínculo empregatício com instituição pública ou privada, sem fins lucrativos, de ensino superior ou de pesquisa nacional, que trabalhem também em áreas de pesquisa para o desenvolvimento da internet.
Podem ser apresentadas propostas de pesquisa nos seguintes temas: a) Tecnologias viabilizadoras da internet; b) Aplicações avançadas da internet; c) Comunicação em rede e cultura digital; d) Políticas relativas à internet; e) Software livre, dados abertos, formatos e padrões abertos; f) Aplicações sociais de tecnologia da informação e comunicações.
O valor total oferecido no edital para pesquisa acadêmica é de aproximadamente R$ 30 milhões, sendo R$ 5 milhões para projetos de Auxílios Regulares, R$ 20 milhões para Projetos Temáticos e R$ 5 milhões para projetos na modalidade Auxílio Jovem Pesquisador.
Já o valor total oferecido nos editais para seleção de projetos no âmbito do PIPE e PITE-FAPESP é de R$ 40 milhões.
As propostas devem ser apresentadas exclusivamente pelo Sistema de Apoio à Gestão (SAGe) da FAPESP.
A data-limite para submissão é 1º de julho de 2021. Haverá um evento on-line com a coordenação da chamada para resolução de dúvidas sobre a chamada para projetos acadêmicos no dia 27 de abril de 2021, às 16h. Também está previsto, para o início de maio, um evento on-line para tirar dúvidas sobre as chamadas para projetos realizados por pequenas empresas ou em parceria com universidades e instituições de pesquisa.
Origem dos recursos
Os recursos alocados nas chamadas de propostas para pesquisa estratégica em internet são oriundos de fundos remanescentes do período em que a FAPESP, por delegação do CGI.br, geriu as atividades de registro de domínio e alocação de endereços IP no Brasil, no início da internet no país.
Entre 1998 e dezembro de 2005, a FAPESP foi responsável por essa função, posteriormente atribuída pelo CGI.br ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
A fim de direcionar esses recursos para o avanço da pesquisa e desenvolvimento da internet no país, a FAPESP assinou, em dezembro de 2013, um acordo de cooperação com o MCTIC no valor de R$ 98 milhões.
Os recursos serão distribuídos entre projetos apresentados por pesquisadores de todo o país, proporcionalmente ao número de registros de domínios solicitados em cada Estado naquele período.
“Um pouco mais de 50% dos recursos desse fundo devem ser investidos em pesquisa em outros Estados brasileiros, uma vez que esse é o percentual estimado de valores arrecadados fora de São Paulo com o registro de domínios”, explica Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP. “Isso permite que a Fundação compartilhe sua expertise e contribua para a consolidação de startups em ouras regiões do país”, acrescenta.
O acordo já resultou no lançamento de outras chamadas de propostas voltadas a projetos de pesquisadores ligados a universidades e instituições de pesquisa, uma no âmbito do PITE e outra, mais recente, voltada à criação de oito Centros de Pesquisa em Engenharia em Inteligência Artificial.
Os quatro primeiros centros, dos quais dois serão estabelecidos em São Paulo e dois em outros Estados, terão foco em saúde, agricultura, indústria e cidades inteligentes.
Cada centro poderá receber até R$ 1 milhão por ano da FAPESP e mais R$ 1 milhão de empresas privadas parceiras. Os centros serão apoiados por cinco anos, renováveis por mais cinco, dependendo dos resultados alcançados (leia mais em http://agencia.fapesp.br/32196/).
Sabesp inicia processo de transformação digital com foco no cliente para trazer melhorias no relacionamento
A Sabesp inicia processo de transformação digital com foco no cliente para trazer melhorias no relacionamento. A nova plataforma é integrada, possibilitando uso dos dados para personalizar o atendimento, atender as necessidades e expectativas de cada cliente, com novas funcionalidades.
A partir de agora, o cliente tem opção de receber sua conta de água por e-mail, contribuindo assim para a redução do uso de papel e preservação do meio ambiente. Outra novidade é que o cadastro para pagamento das contas de água por débito automático pode ser feito diretamente no site da empresa. Além disso, com essa maior integração, ocorrerão melhorias operacionais para auxiliar no atendimento ao cliente. Será possível fazer melhor gestão das equipes para priorizar e antecipar atendimentos emergenciais.
Outro destaque é que o cliente deixará de ser identificado por seu registro geral do imóvel, ou RGI, como acontece atualmente, e passará a ser cadastrado por seu CPF ou CNPJ, facilitando, por exemplo, mudanças de titularidade (conheça mais mudanças ao final deste texto).
Etapas de implantação
Os primeiros municípios a ter essa nova operação, ainda em 2019, foram Morungaba, Cabreúva, Jarinu, Itupeva e Itatiba. Em agosto de 2020, operação foi ampliada para Campo Limpo Paulista, Diadema, Elias Fausto, Hortolândia, Mombuca, Monte Mor, Paulínia, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Saltinho, São Bernardo do Campo e Várzea Paulista, totalizando nesta etapa cerca de 2,2 milhões de pessoas beneficiadas.
A partir de maio de 2021, as mudanças serão implementadas para 7,5 milhões de clientes atendidos pela Sabesp. Na Região Metropolitana, se dará na região Leste, nos municípios do Alto Tietê, e na região Oeste, entre as quais Osasco. No interior paulista, a modernização acontece em 211 municípios atendidos pela Sabesp nas regiões de Itapetininga, Franca, Botucatu e Lins.
Veja quais municípios terão mudanças em maio aqui: https://urldefense.com/v3/__http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=777__;!!HhhKMSGjjQV-!pg4ymhQqmKXAY262gSvm0xpUQJa35LaxHa9UBb5S6l7ogVo7ab1YPzlj673O2A7z2-I$
A última etapa de implantação acontecerá no segundo semestre de 2021, atendendo clientes da Capital, RMSP (Santo André e Guarulhos) e de todos os municípios operados pela Companhia no Interior e Litoral. A Sabesp informará as próximas alterações com antecedência, através dos canais de relacionamento com os clientes e imprensa.
Atualização cadastral
A Sabesp ressalta a importância de os clientes manterem seus dados atualizados. Para isso, no caso de pessoas físicas e jurídicas, basta acessar o Sabesp Fácil da Agência Virtual (sabespfacil.sabesp.com.br) e clicar em Atualizar Dados Cadastrais (é o último item da lista de serviços). No app Sabesp Mobile (disponível para celulares iOS e Android), pessoas físicas podem alterar o responsável pela conta.
Pessoas físicas e jurídicas podem atualizar seu cadastro pela Central de Atendimento (disponível 24 horas e com ligação gratuita), nos telefones 0800 011 9911 (Grande SP) ou 0800 055 0195 (Litoral e Interior).
Novo sistema, conta de cara nova
Algumas informações na conta serão alteradas com a modernização da plataforma para o relacionamento com os clientes. Importante ressaltar que essas alterações estão sendo implantadas progressivamente, por regiões do Estado de São Paulo.
Para os clientes atendidos nos locais onde a modernização ocorrerá em maio de 2021, as mudanças na conta são:
• O cliente passará a ser cadastrado por seu CPF ou CNPJ, facilitando por exemplo mudanças de titularidade.
• Onde era informado o número do RGI, passa a constar o número do Fornecimento, que será a nova forma de identificar a ligação e o cliente.
• PDE/RGI: registro da ligação.
• Período: detalha os dias de consumo, leitura anterior e leitura atual. Apresentação de 2 dígitos decimais nas faixas de consumo da tabela de tarifas.
• Débito automático: haverá código para inserção da conta em débito automático (não haverá alteração se sua conta já estiver em débito automático).
• Tipo de mercado, comum ou diferenciado.
• 6 datas opcionais de vencimento dias: 01, 05, 10, 15, 20 e 25. No mês seguinte à mudança de sistema, poderá ocorrer:
• Alteração da data de débito automático (só no mês da implantação).
• Alteração na data de vencimento da conta para uma das opções mencionadas acima.
• Leitura por média, nesse caso a diferença de consumo será compensada na próxima fatura com leitura real.
• A emissão de duas contas no mesmo mês. Uma com vencimento no início do mês e outra no fim do mês que correspondem a períodos de consumo diferentes.
Brasil tem o 16º melhor índice de transformação digital do mundo
Atransformação digital empreendida pelo Governo Brasileiro recebeu o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que acaba de lançar uma linha de crédito de US$ 1 bilhão para impulsionar a digitalização de serviços públicos em estados e municípios de todo o país.
“O Brasil já tem o 16º melhor índice de transformação digital do mundo, acima de muitos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Temos de criar juntos um país digital”, destacou o secretário de Governo Digital, do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro.
A linha de crédito – denominada Brasil Mais Digital – é voltada a projetos de investimento e estará disponível por meio de três canais de alocação de recursos: órgãos do Governo Federal, governos subnacionais (estaduais ou municipais) e bancos de desenvolvimento nacionais ou regionais. Quatro setores foram priorizados para integração e alinhamento das políticas públicas: Infraestrutura Digital, Economia Digital, Governo Digital e Fatores Habilitadores.
O estado do Ceará foi o primeiro a retirar o recurso, com um projeto que visa a melhorar a produtividade na prestação de serviços e a efetividade da gestão do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE). O empréstimo, no valor de US$ 28 milhões, terá prazo de amortização de 25 anos e período de carência de cinco anos e meio. Contemplará os cidadãos e empresas usuárias dos serviços do TJCE – um público estimado em 2,5 milhões de pessoas – possibilitando ganho de tempo e redução de custos. Também serão beneficiados mais de 3,7 mil servidores públicos do TJCE com capacitação em habilidades digitais.
Em pesquisa do BID sobre a Satisfação com os Serviços Públicos Digitais, feita com 13.250 pessoas em todo o país, nove em cada 10 entrevistados conhecem o gov.br – plataforma única do Governo Federal que reúne os mais de 4,2 mil serviços, sendo 67% deles já totalmente digitais. Entre os destaques estão o Auxílio Emergencial, a Carteira Digital de Trânsito e a Carteira de Trabalho Digital. Hoje, 98 milhões de pessoas estão cadastradas no gov.br.
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